Dia Internacional da Epilepsia

No dia 14 de fevereiro celebra-se o Dia Internacional da Epilepsia, com o objetivo de promover a consciencialização para esta doença crónica. Esta efeméride, que se assinala à segunda segunda-feira do mês de fevereiro, resulta de uma iniciativa conjunta da International Bureau for Epilepsy (IBE) e International League Against Epilepsy (ILAE), e este ano a campanha incide sob o tema  “Eu amo alguém com epilepsia”. 
 
A epilepsia é uma condição que resulta de uma disfunção do sistema nervoso central associada a interrupções repetidas, súbitas e imprevisíveis da atividade elétrica cerebral, o que dá origem às chamadas crises epiléticas. Na realidade, a atividade elétrica cerebral é uma constante em qualquer pessoa, contudo a convulsão (ou crise epilética) resulta quando existe uma “explosão” de atividade elétrica no cérebro. A crise epilética provoca uma interrupção temporária na forma como o cérebro funciona, fazendo com que as mensagens e comandos transmitidos fiquem “confusos”. 
 
O número de crises epiléticas pode variar entre menos de uma por ano a várias por dia, sendo que podem ocorrer em qualquer lugar ou momento. Geralmente duram apenas alguns segundos ou minutos (raramente ultrapassam os 15 minutos). 
 
O que cada pessoa sente durante uma crise epilética depende da parte do cérebro que é afetada e da forma e velocidade com que se propaga. Assim, existem diferentes tipos de crise e cada pessoa experiencia a epilepsia de uma forma diferente. 
 
A epilepsia é uma das doenças do sistema nervoso central mais comuns, pode surgir em qualquer faixa etária e afeta ambos os géneros de igual forma. 75% dos casos de epilepsia são controláveis com medicação. As convulsões provocadas pela epilepsia podem ter diversas causas, como uma lesão cerebral, algum problema na estrutura cerebral, ou ser de causa metabólica, genética ou infecciosa. Mas, na realidade, na maioria das vezes, a causa da epilepsia é desconhecida. 
 
O diagnóstico de epilepsia é geralmente feito por entrevistas clínicas, sendo a descrição das crises suficiente e fundamental para o médico fazer o diagnóstico e atribuir a respetiva classificação do tipo de epilepsia. Assim, é essencial que os doentes se façam acompanhar por uma testemunha das crises quando consultam o médico. É comum o médico recorrer a exames que o ajudam a determinar com maior rigor a possível causa de alguns tipos de crise. 
 
Epilepsia nos jovens: 
- A epilepsia nos jovens assume tipos, causas e consequências diferentes se comparada à epilepsia nos adultos, além disso, esta condição pode variar com a idade; 
- Apesar da epilepsia poder provocar um grande impacto emocional no jovem ou na criança, bem como na sua família, é importante referir que, se for bem gerida, não os impede de viver a sua vida normalmente. 

 
Curiosidades: 
- Estima-se que em todo o mundo mais de 50 milhões de pessoas vivam com epilepsia; 
- Estima-se que em Portugal esta doença neurológica crónica afete sensivelmente 50 a 60 mil pessoas; 
- A palavra “epilepsia” tem origem grega e significa “ser apanhado”; “ser dominado pela surpresa”.  
 

Dia Internacional da Epilepsia no HSA - 2022

À semelhança de anos anteriores, a Liga Portuguesa Contra a Epilepsia (LPCE) juntou-se a esta iniciativa, realizando um conjunto de atividades em diferentes regiões do país. Estas atividades tiveram início no dia 13 de fevereiro e prolongam-se até ao dia de hoje, 14 de fevereiro.
 
As iniciativas dinamizadas pela Liga Portuguesa Contra a Epilepsia pretendem chegar à comunidade, promovendo a sensibilização para a epilepsia, uma doença neurológica crónica, que só em Portugal afeta cerca de 50 a 60 mil pessoas. Assim, para assinalar o Dia Internacional da Epilepsia e a campanha "Eu amo alguém com epilepsia", a LPCE esteve no Hospital de Santo André, do Centro Hospitalar de Leiria, das 9h30 às 10h30 e das 14h00 às 15h00, a distribuir pequenos ramos de flores lilás (cor habitualmente associada à epilepsia) e um cartão que contém o endereço da página oficial da LPCE, bem como o nome desta campanha internacional.