CHL disponibiliza ferramentas digitais para contacto entre o doente e a família

Todos os utentes internados podem receber ou fazer videochamadas para as suas famílias

O Centro hospitalar de Leiria vai disponibilizar aos doentes, famílias e cuidadores ferramentas digitais que lhes permitam contactar entre si, já que não é possível estarem juntos. Esta possibilidade visa minimizar o impacto das medidas tomadas pelo CHL que impedem a permanência de acompanhantes e a realização de visitas, permitindo que todos os doentes internados, seja em que serviço for, possam contactar as suas famílias, através de telefone ou videochamada, reduzindo assim a preocupação, o stresse e ansiedade provocados pela separação.
 
O objetivo é, assim, apoiar as famílias e cuidadores de doentes que enfrentam uma situação única por restrição de contacto imposto pela pandemia da COVID-19, ou por não poderem estar em contacto direto com o seu familiar doente e com as equipas assistenciais, dotando os profissionais de saúde de ferramentas de comunicação, de modo a aliviar o sofrimento de doentes e familiares.
 
Assim, o CHL tem ao dispor de todos os doentes internados telefones portáteis e equipamentos informáticos (tablets) que permitem a realização de videochamadas, que foram doados pelas empresas Incentea e Altice, e pela Fundação “La Caixa”. Estes equipamentos estão disponíveis no Hospital de Santo André, no Hospital Distrital de Pombal e no Hospital de Alcobaça Bernardino Lopes de Oliveira.
 
O medo de contrair a doença, a culpa de se considerarem possíveis transmissores, a falta de informação, a escassez de recursos, o isolamento social e os quadros de ansiedade, são alguns dos problemas que, durante esta fase de pandemia, devem ser acautelados e combatidos. Assim, os profissionais deverão estar aptos a apoiar as famílias e os cuidadores, nomeadamente facilitando o contacto com o doente que está, por força da doença, afastado e isolado.
 
É importante, nesta fase, abordar e avaliar a estrutura familiar, as suas necessidades e impacto que a situação de doença está a ter. Neste ponto é fundamental falar com a família para fazer o enquadramento da doença e da situação do doente, e realçar o seu importante papel, mesmo quando as visitas e o contacto físico não são possíveis, e reforçar o esforço que esta faz para seguir as instruções dos profissionais que terão um impacto direto no combate à doença. As famílias reagem, naturalmente, de forma diferente, por isso é importante fomentar a coesão da família e dar-lhe ferramentas para enfrentar este desafio.


27 de abril de 2020.